domingo, 13 de dezembro de 2015

Mini Guia para o Zoológico Municipal Bosque Guarani de Foz do Iguaçu

Nome: Teca
Naturalidade: Amapá
Idade: menos de 3 anos
Estado civil: não interessada nisso
Residência: Bosque Guarani, Foz 



Bem-vindo (a), bienvenido (a)
 Bem-vindo e bem-vinda ao Zoológico Bosque Guarani de Foz do Iguaçu. Este é um espaço inaugurado pelo então prefeito Dobrandino Gustavo da Silva na véspera do aniversário de Foz do Iguaçu em 1996. Até então havia no espaço de 4,5 hectares um bosque sem  grades de proteção. Não era muito usado pela população. Pelo contrário, havia reclamações de que a área oferecia perigos à segurança.


Folder disponível na Sala Verde um espaço de exposição, recepção e educação ambiental. A sala fica logo à esquerda de quem entra
A entrada do Zoológico está logo à frente da marca que no mapa (acima) lembra um tabuleiro de dama. Banheiros femininos e masculinos se encontram na edificação redonda no extremo limite à esquerda da Administração (CEAI) e Casa Verde. Identifique a Trilha 1 (T1), por onde se sugere que o passeio comece e volte pela T2. A morada da Teca está na parte superior à direta entre os quatro lagos e a construção redonda que eu chamo de "Morada da Ema". 
Há uma pequena cabana com estatuas de um casal índio. Podem ser Naipi e Tarobá. Muita gente tira foto ao lado do casal. Ainda falando em foto, outra boa lembrança a levar para casa é uma foto de seu rosto em uma figura do casal Naipi e Tarobá. 

Na época, como hoje,  o bosque ficava ao lado do ponto final de ônibus que também era aberto e abrigava uma série de barracas populares onde se vendia de tudo. Hoje o ponto final de ônibus virou Terminal de Transporte Urbano (TTU) e também ganhou grades. A entrada do Zoológico é gratuita. Ele é mantido pela Prefeitura e funciona de terça a domingo das 9 às 17h. Na entrada há uma catraca para contagem dos visitantes por motivos estatísticos. É muito importante isso,pois prova às autoridades que o local é muito visitado pela população e por turistas de várias nacionalidades. 


Para entender o projeto do Bosque Guarani, adianto que há duas trilhas principais. A idéia é que você comece a visita pela trilha I. A trilha faz uma curva cruza a trilha 2 e prossegue acompanhando pelo menos 19 “viveiros”. O ponto  alto da vista é a jaula da Teca – uma onça pintada de dois anos e meios de idade aproximadamente vinda do Amapá. Teca chegou a Foz do Iguaçu primeiro para o Refúgio Biológico Bela Vista da Itaipu Binacional. Ela foi enviada por órgãos de proteção ambiental visto que ela era vítima do tráfico de animais ou pelo menos da posse  ilegal. Uma das expectativas dos biólogos do Zoológico Bosque Guarani  é fazê-la reproduzir no cativeiro o que não é fácil. O biólogo e chefe do espaço iguaçuense explicou que as onças não cruzam com animais de fora de sua área de origem. Uma onça amapaense não vai se interessar por um macho paranaense, por exemplo. A partir daqui é só aguardar a notícia do que vai acontecer. 

Uma mãe sagui protege o filhote ...
São mais de 200 animais no Zoológico. Além da onça, há emas, papagaios e araras, gaviões, macacos prego, sagüis, furões, cachorro do mato entre outros animais. Uma das novidades, para mim, é que moram temporariamente ou fazem escalas no zoológico várias espécies de pássaros. Eles são o que o pessoal do zoológico chama de “animais de vida livre”. Entre os pássaros de vida livre, vi pelo menos duas espécies de socós, sabiás e
O filhote de sagui (fotos Marcela Oliveira)
pombas nativas entre outros pássaros.  Consegui permissão deles de fotografá-los.  Outra coisa que tenho prazer em destacar: em muitas das jaulas, há indicação dos nomes dos animais em português e guarani como Arara Canindé - Gua'a Sayjú

Depois da visita à morada da Teca (a onça), recomendo que você se dirija à área onde estão três pequenos lagos artificiais. Lá há jacarés- de papo amarelo, patos, cisnes, marrecos (de vida livre) e tartarugas, entre elas a “tigre da água”. A tigre d’água é uma espécie de tartaruga que os americanos chamam de “sliders” que significa “deslizadoras”. O motivo é que quando elas estão em um barranco, ou tomando sol em uma pedra e percebem algum perigo elas não saltam para a água, ou pulam n’água, elas deslizam de lado, às vezes da garndes alturas – uma manobra quase suicida, e se deixam cair. Não tente fazer isso, não importa sua idade, viu?


Quando fiz as fotos para esta postagem-guia, o dia estava chuvoso. Fiz as fotos debaixo de um guarda-chuva. Gosto muito de mato em dia de chuva. Os animais estavam preguiçosos. Vi algumas mães sagüis carregando filhotes nas costas. Com o tempo fechado e os bichinhos agarrados nas mães, não houve como fazer que eles aparecessem em foto nenhuma.  A situação foi salva pela bióloga do Rio de Janeiro, Marcela Oliveira.

No dia em que fiz as fotos e a visita para escrever esta postagem o lugar estava vazio com a exceção de Marcela Oliveira e Jader França um casal do Rio de Janeiro. Marcela é bióloga e estava encantada com os animais especialmente com a Teca.  Jader que é soldador, também curtia a visita. Recentemente enviei fotos que tirei do casal e Marcela me enviou várias fotos tiradas por ela que voltou ao Bosque Guaranio quando o tempo estava melhor. As fotos dos saguias são um "vitória". Não é fácil fotografar os bichinhos.    


Finalmente

Cantinhos gostosos para sentar
Uma mensagem na sala de educação do Zoológico Bosque Guarani diz o seguinte: “Os zoológicos atuais estão deixando de ser apenas um espaço de lazer. São cada vez mais vistos como uma “Arca de Noé do Futuro” conservando espécies ameaçadas de extinção e que necessitam de grandes áreas para sua existência”. 

São também peças chaves na conservação e pesquisa além do entretenimento.  
Digo mais, a existência de um espaço público como o Bosque Guarani é importante para a saúde mental, psicológica e ecoespiritual da população.  Muitas vezes, entro no Bosque Guarani, nem tanto para ver os animais mas para estar no verde. Às vezes abraço uma árvore ou duas e faço exercícios de visualização do verde. Não necessariamente desta ou daquela árvore ou planta. Mas do verde como se fosse “um lugar”. Há bancos para sentar, descansar e ficar quieto. Você vai sair revigorado ou revigorada.       

 A partir daqui a postagem está sendo atualizada:
 
Mensagem do Zoo: Uma árvore transpira até 60 litros de água e pode absorver até 250 litros de água do solo por dia. Uma vacina contra enchentes.

Um socó de vida livre
A Morada da Ema (MO)

Jibóia


o
Jacaré de papo amarelo

A chuva não assustou a Marcela e Jader

 
Sessão encantamento com a Teca

Marcela Oliveira e o ninho da jibóia com direito a temperatura
ambiente em época de muita umidade e chuva


   
Onde fica o zoo?

 Preste atenção no verde


Conteúdo e fotos Jackson Lima, Marcela Oliveira, 2015
 Material em atualisação. Volte sempre!



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