domingo, 13 de março de 2016

Relembrando a passagem de Ruhiyyih Rabbani Khanum por Foz do Iguaçu e pelo Brasil

Placa Bahá'i da Paz de 1988 colocada no Marco das Três Fronteiras pela Comunidade Bahá'i internacional
Oito anos após a colocação da placa comemorativa que aparece na foto (acima), no Marco das Três Fronteiras, a  senhora  Amatau'l Bahá Rúhíyyih Khánum, "mão da causa" da fé (religião) Bahá'i colocou os pés nas Terra das Cataratas onde foi recebida pela comunidade Bahá'i de Foz do Iguaçu com muita festa e alegria. Rúhíyyih Khánum ou Ruhiyyih Rabbani, como chamada na reportagem da Gazeta do Iguaçu, na época, nasceu em Nova York com o nome Mary Sutherland Maxwell mas foi criada em Montreal, Canadá. Filha de pais bahá'is e dedicada à comunidade, mais tarde ela casou-se com Shoghi Effendi Rabbáni da família dos fundadores da Fé Bahá'i. Por parte de pai, Mírzá Hádí Shírází, Shoghi Effendi era descendente do Báb precursor da Fé e, por parte de mãe, era descendente de Bahá'u'llah.


A Gazeta do Iguaçu registrou a visita
Não era a primeira vez que Amatau'l Bahá Rúhíyyih Khánum vinha ao Brasil. Entre 1975 e 1976, ela organizou e participou em uma expedição Bahá'i à Amazônia brasileira, colombiana e peruana. A expedição se chamou Luz Verde que  navegou por vários rios da região do Alto Solimões e Amazonas nos três países e incluiu visita à Alta Montanha no Peru. Como "mão da causa", um título dado a umas 50 pessoas de destaque na Fé Bahá'i, a missão dela era a defesa e divulgação da religião universalista que prega igualdade entre homens e mulheres e união da humanidade como uma só  - sem nacionalismo, racismo, sexismo e outras manias da humanidade. 

A selva amazônica conquistou o coração da "Mão da Causa" que mesmo tendo viajado por 185 países disse (confessou):  "Quando chegar a hora de precisar partir deste planeta,  a selva seria a única coisa difícil para mim  deixar. Tenho um grande amor pela selva. Nunca sinto que posso estar na selva por um tempo suficiente". A frase foi dita neste documentário da expedição (Versão curta).

Detalhe da foto
Dez anos após a expedição Luz Verde tive o prazer de refazer parte dela. Desta vez abordo do barco "LUZ VERDE" com uma equipe de bahá'is de Manaus e Tabatinga (AM) que incluia  Olavo Novaes e o saudoso Salomão Zaguri, um representante da comunidade em São Paulo e a iraniana Shahla Peymani. Na viagem de uma semana descemos o Solimões (Amazonas) por uns quilômetros pegamos um furo (um canal) para encurtar caminho para o rio Javari e daí rumamos para Benjamim Constant (AM) e Atalaia do Norte, onde após visita, passamos a noite. 

A partir de Atalaia subimos o rio Javari até a desembocadura do Ituí e Itaquaí onde ancoramos em uma comunidade Bahá'i próximo ao Lago Salvador. Pude levar a família na  viagem. Na foto, aparecem meus filhos Lincoln e Midori na popa do Luz Verde, barco registrado em Manaus, no grande rio Itaquaí. Rúhíyyih Khanum faleceu em 19 de Janeiro de 2000 aos 89 anos em Haifa, Israel. 

Nota:
Esta postagem é parte de uma série-tributo a autoridades religiosas que visitaram Foz do Iguaçu  por causa de suas Cataratas.  


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