quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Noticias do fórum Que Parque Nacional do Iguaçu Queremos?


Ivan Baptiston


O diretor do ICMBio - Parque Nacional do Iguaçu em Foz do Iguaçu, Ivan Baptiston abriu o Fórum "Que Parque Nacional do Iguaçu Queremos" realizado no dia 4 de outubro em Foz. O fórum foi aberto ao público. No dia 5 o fórum continuou em Foz mas foi restrito aos membros do (Conselho do Parque Nacional do Iguaçu) Conparni. No dia 6, último dia foi em Serranópolis do Iguaçu também só para conselheiros. Ele deu as boas vindas ao evento e ofereceu um panorama da unidade de conservação que dirige. Só estive presente na manhã do primeiro dia. E aqui vai o que pude anotar.       


O presidente do ICMBio nacional Ricardo Soavinski foi o segundo a falar. Ele destacou a grandeza do sistema de conservação no Brasil, o aumento das visitas e até o número de unidades de conservação no Brasil. Mais de oito milhões de pessoas visitaram as Unidades de Conservação no Brasil com Rio de Janeiro (PN Tijuca) e PN Iguaçu à frente. A palestra girou em torno da visitação, recreação e turismo aos parques nacionais. Divido o assunto em duas áreas no tocante à visitação: Metas para parques nacionais e metas para o PN Iguaçu.  

Quê?

Que estamos debatendo?

Metas para parques nacionais

Aumentar o número de parques bem estruturados e diversificar as oportunidades recreativas; compatibilizar as estruturas e serviços com a demanda crescente de visitantes; melhorar qualidade dos serviços ofertados e a experiência da visitação; promover envolvimento da sociedade; ganho de escala (equivale à imagem abaixo). "Oportunidades recreativas" recebeu muita ênfase. Indo além da estrutura e, pensando mais no interesse do visitante. 


Como?

Como vamos chegar lá?

Ampliar as parcerias

Novas delegações de serviço (concessões, autorizações); Marco regulatório para concessões e parcerias em UCs; Cooperação, gestão compartilhada; Voluntariado. 

A base aqui foi abrir o leque das oportunidades para atuação nos parques via "delegação" (conceito mais recente) de serviços. Veja as possibilidades que incluem autorizações (novidade) e gestão compartilhada.


Recursos
Como levantar dinheiro?

Compensação ambiental; conversão de multas; doações; capacidade operacional; modelagens (Que modelos seguir?)




Nível local 
Desafios do Parque Nacional do Iguaçu

Diversificar oportunidades recreativas, promover melhorias no setor Cataratas: acessibilidade, segurança, fluxo de visitantes, promover atividades de visitação em outras áreas do parque; promover desenvolvimento do entorno;  integrar roteiros regionais e internacionais.

Conceitos que ouço pela primeira vez: "Setor Cataratas", é a primeira vez que vejo este termo no Brasil. Na Argentina se usa há tempo o termo "Área Cataratas". É como se os dois parques estivessem conversando mais. Outra frase nova é "integrar roteiros regionais e internacionais". Soavinski falou de uma trilha entre Foz e Cascavel, sem detalhes, que teria o apoio de comunidades. Destaco o "promover atividades de visitação em outras áreas do parque". No plano de Manejo atual já há uma lista de tais lugares o que inclui cachoeiras e atividades no rio Gonçalves Dias.   


Ricardo Soavinsk
O Círculo Dourado
Por quê?
(Não respondido)

"Precisamos divulgar Foz do Iguaçu para trazer cada vez mais turistas", é uma afirmação mito boa. Infelizmente pode ser destruída pela palavra que as crianças mais usam: por quê? Quando o americano Steve McCool, uma dos palestrantes, terminou de fazer sua palestra, a jornalista, assessora de imprensa  e mestre cerimônia do evento, Andreia David decretou um intervalo de 20 minutos para um coffee-break. Olhando para os rostos dos participantes notei que havia um sorriso natural prolongado e insistente em cada um deles. Todo mundo parece ter adorado a palestra de McCool. As pessoas de cabeça mais técnica notaram que ele introduziu a figura que a aparece acima, chama-se "Círculo Dourado". 

O esquema foi criado pelo anglo-americano, Simon Sinek. No circulo vemos as palavras o quê (what)? Como (how?) e Por quê (Why?). As palavras-perguntas devem ser feitas e respondidas em três níveis diferentes. O importante é o circulo do meio. No esquema de Simon Sinek, ele representa a parte mais profunda do cérebro, utilizando o sistema límbico, o mais emocional do cérebro. Não a partir de regiões do neocórtex, a parte mais nova e mais recente do cérebro. Afirma-se que temos um cérebro antiquíssimo chamado "reptiliano" na cabeça de cada um de nós. É nele onde vivem as emoções, a sinceridade intuitiva. O novo cérebro, que cobre o antigo é de onde vêm o domínio de habilidades como o discurso, a política, a falsidade  e as "estorinhas" junto com os discursos que nos rodeiam e trincam a "qualidade de nossa existência". 

É altamente recomendável que prestemos atenção para que nossos planejamentos respondam primeiro a pergunta do "centro" do circulo. Isto evita que sejamos derrubados por uma pergunta de uma criança de três anos. Para que não esqueçamos da essência da palestra de McCool recomendo Este vídeo curto que mostra trecho da palestra de Simon Sinek com legendas em português. Já este outro vídeo, mais extenso, em português, está mastigadinho e comenta o Círculo Dourado. Assista-os de preferência com a parte mais reptiliana de seu cérebro e enquanto o faz deixe o seu cérebro mais fantasioso em paz. 

Observação:
Note os detalhes em vermelho no texto. Aparecem as perguntas no nível "quê" e no nível "como" da proposta. Faltou o nível "Por Quê?". Notou o que McCool quis dizer?   

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